quinta-feira, 7 de julho de 2011

Nada pela metade ...



‘Não sei amar pela metade. Não sei viver de mentira. Não sei voar de pés no chão.(...)'
(Clarice Lispector)

Não sei de onde me vem essa minha mania de colocar tanta intensidade, de quase morrer em um segundo e transbordar gargalhadas no instante posterior. Não é falsidade, é essa minha teimosia em sentir demais, de me apaixonar por tudo ou odiar o mundo de uma forma tão arrebatodara e por vezes repentina que me assusta.

Por vezes contenho-me aos olhos alheios, mas só dentro de mim sei o turbilhão de sentimentos que se forma por cada momento, cada gesto, cada palavra, cada sensação que me ocorre!
Não beijo por beijar, não danço por dançar, não rio pra agradar. Gosto que as coisas valham a pena, pois sei que vou lembrar de tudo, remoer cada sensação que me foi despertada.

Se quero alguém quero inteiro, não gosto de metade, sinto a necessidade de me doar por inteira também, quero corpo e quero coração!
Se sinto saudades, pode ter certeza que não é uma saudadezinha, e sim daquelas que te enchem o dia, te fazendo abrir e fechar portas, andar por aí lembrando de alguém!

E se eu finjo? Faço muito bem também! Faço acreditar que não gosto, tanto quanto gosto loucamente por dentro!
Se sou criança, pode ter certeza que vem da alma, mas nem por isso deixo meus instintos, se faço joguinhos daqueles nada infantis, acredite é porque senti, porque quis!
Posso ser inconstante, mas bem mais que isso: Sou intensa!

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