quinta-feira, 30 de junho de 2011

Ausência


Vou pedir licença ao silêncio para sacudir algumas palavras que atormentam o destino de um homem só. É preciso ouvir o ruído de seus sentimentos, batendo na porta da alma. A dor abre caminhos. O difícil é manter-se em pé movido pela paixão. Não há paixão, há dor dolorida em sua luta poética. O caminhante dos sentidos entorpece-se de ilusões. Onde está a mão que sonha tocar à sua? Vida vazia, vestígios sem pisadas, efeito sem causa, complicações metafóricas, ausência de si mesmo.

Tânia Marques

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